Saúde masculina: 46% dos homens acima de 40 anos só vão ao médico quando sentem algo, aponta pesquisa

  • 30/10/2025
(Foto: Reprodução)
Dia do Homem lembra importância da saúde masculina Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) mostrou que 46% dos homens acima de 40 anos só vão ao médico quando sentem algo e esse número aumenta para 58% quando o homem utiliza apenas o Sistema único de Saúde (SUS). O estudo apontou também que o câncer de próstata é a doença urológica que mais provoca medo nos homens, com 58% das respostas. Em seguida, vem a impotência sexual (37%). Além disso, apenas 32% dos acima de 40 anos se consideram muito preocupados com a sua própria saúde. Apesar disso, metade deles tem medo ou ansiedade quando pensam em sua saúde. Saúde masculina: 46% dos homens acima de 40 anos só vão ao médico quando sentem algo, aponta pesquisa Adobe Stock Os problemas de saúde mais apontados pelos homens na pesquisa são: Sedentarismo (26%) 2. Pressão alta (24%) 3. Obesidade (12%) Observação: 35% responderam não ter nenhum problema de saúde. Entre os homens com mais de 60 anos, o problema mais citado foi a pressão alta (40%) e o sedentarismo teve o menor índice de escolha (18%). Este grupo 60+ foi o que mostrou ter maior cuidado com a saúde: 78% afirmaram fazer exames a cada seis meses ou a cada ano. No grupo entre 40 e 44 anos, foi observada a maior proporção dos homens que só vai ao médico ao sentir algo (49%) O exame de toque retal ainda desperta medo em 1 em cada 7 homens. E este é o receio mais prevalente entre os homens 60+ e nos provenientes do Centro-Oeste. A região também se destaca por ter a maior concentração de homens com medo de ter câncer (64%) e disfunção erétil (43%). O estudo, conduzido pelo Instituto de Pesquisa IDEIA Laboratório Adium, teve a participação de 1.500 homens acima de 40 anos, de todas as regiões do país, por meio de aplicativo mobile, de 7 a 12 de setembro de 2023. Homens vivem em média 7 anos a menos que as mulheres, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). E a SBU aponta que isso de deve ao fato de, culturalmente, o homem ainda ser muito pouco educado para a prevenção. Médicos afirmam que o principal desafio é acabar com a ideia de que o homem só deve se preocupar com o câncer de próstata. As doenças cardiovasculares, pulmonares e gastrointestinais também são muito frequentes e são resultado de um estilo de vida muito associado ao sedentarismo, ao fato de fumar e de consumir álcool, destaca a SBU. Hiperplasia benigna: a doença mais prevalente da próstata A hiperplasia benigna (HBP) é a doença mais prevalente da próstata, mas ela é conhecida por apenas por 43% dos homens. A maioria diz saber sobre o câncer (75%) e a prostatite (59%). O desconhecimento da HBP é maior entre os mais jovens, de 40 a 44 anos (apenas 39% sabem o que é), e entre os moradores da região Norte (33% sabem o que é). Na HBP, a próstata - glândula localizada abaixo da bexiga em homens - aumenta de tamanho devido ao crescimento celular excessivo. E essa doença é mais comum em homens acima de 50 anos, explica o vice-presidente da SBU, Dr. Roni Fernandes. A estimativa é de que cerca de 50% dos homens acima de 50 anos terão algum grau de HBP, cujos sintomas são: Aumento da frequência de urinar durante o dia Diminuição da força e calibre do jato urinário Dificuldade para iniciar a micção (ato de urinar) Sensação de urgência para urinar E outros sintomas relacionados ao trato urinário. Vale notar que a HBP também pode afetar o funcionamento da bexiga e dos rins. “Esses sintomas ocorrem porque o aumento do tamanho da próstata pode comprimir a uretra, o canal que transporta a urina da bexiga para fora do corpo. Isso leva a uma obstrução parcial do fluxo urinário e causa os sintomas mencionados”, acrescenta Fernandes. A próstata aumentada é uma das causas da dificuldade de urinar e, se não tratada, pode causar retenção urinária, infecções e lesão no trato urinário, incluindo nos rins. Em entrevista ao Bem-Estar, a médica de família Brenda Costa, da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, explicou porque os homens têm tanta dificuldade de procurar ajuda: “Existe um tabu social e um entendimento de que eles vão detectar doenças, de que eles vão se sentir frágeis. Quando a gente não faz ações de prevenção, a gente acaba vendo o que acontece hoje na realidade, que é o óbito, a morte dos homens precocemente. Outro tabu é essa ideia de que homem não sofre, que muitas vezes está relacionado mais a um estilo de vida para se encaixar nesse lugar de provedor do lar. É importante a gente falar sobre o que a gente está sentindo”, destaca Costa. LEIA TAMBÉM: Datafolha: metade dos brasileiros diz ter diminuído consumo de álcool no último ano Mulheres vivem mais do que homens, mas com saúde pior, revela estudo

FONTE: https://g1.globo.com/saude/noticia/2025/10/30/saude-masculina-46percent-dos-homens-acima-de-40-anos-so-vao-ao-medico-quando-sentem-algo-aponta-pesquisa.ghtml


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